segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Novidades em blogs meus

Olá pessoal, apenas estou postando aqui um aviso. Tento uma união entre os visitantes dos meus blogs, desta forma, postarei nesse blog, quando ocorrer atualização no outro.

Sendo assim, está avisado. Tem novo post no Dois poetas várias poesias.
Obrigado,

e que suas peles queimem com cada raio de sol que lhes tocarem nesta vida.

Bj a todos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Folhas voam

Esses rios pelos quais passei, guardam nas profundezas cada partícula das emoções que senti. Os ventos passam e misturam as águas e elevam todos os sentimentos esquecidos. Cada pedra que tropecei, cada perfume que tocou e penetrou-me oriçou meus pelos por dentro.
Olha! Este é um texto corrido, misturado, confuso. Está cheio de vidas e contradições.
Já me protegi dentro de um ovo e quando saí fiquei aconchegado nas penas de minha mãe. Quente, com poucos "pius".
Desbravei matagais, participei de manadas violentas, fui impulsivo e impossível.
Chorei qual no nascimento, sofri por coisas fétidas e atos não menos repugnantes. Assim como por pássaros se beijarem e voarem rápido.
Desta vida já desisti, e por sorte, rejuveneci. Sigo vivendo, sem destino, com apenas um objetivo: notar cada formiga, e lhe dar passagem!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Dia e noite

Era dia em seus olhos, e os raios de luz percorriam todos seus poros. Há muito não sentira tamanha lucidez, tamanho silêncio agitado. Logo apressou-se em sair, mão ao telefone. Na resposta afirmativa dos companheiros se agarrara, e fora ter com a noite seu dia.
Moço recatado, pudico e timido era nosso personagem; dono de um coração vibrante mas eferrujado. Já fora duro como mole, já fora lindo como feio, já fora...
Saiu então nosso jovem, com o mundo no corpo e o corpo - sem saber - dividido. A lua resplandecia todos os seus anseios, impositivos e duros anseios. Mas hoje, apenas hoje, e um hoje tão forte, era fraco. Idéias conturbadas, dentes cerrados sem saliva no intermédio. Vontade acorrentada.
O dia brilhava em um lindo sol, mas usava guarda-sol. Passou o dia (a noite) protegido, e perdeu o sol. Sua pela continua branca, apática, cheia de filtro solar...
Na volta, um sentimento de agonia, de auto-desprezo, e se fazia noite a noite. Uma noite de lobos internos uivando a carne corroída. Nevoas desafiando a lucidez, e o frio estatizando seu coração, que ainda guarda os anseios, mas estes estão dormindo, enquanto seus olhos ardem pelo creme que lhe escorre a face.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pensamento Dual

A cidade está cinza. Desde ontem, com o quebrar dos copos, os barulhos ensurdecedores, os estalos da cama. Roxa e cinza.
O corpo bem posicionado nesse ônibus, cada lombada uma pontada, tento evitar o choque. A pele rubra, incendiante, atordoa. O livro no colo, aberto, não lido.
Como um homem consegue fazer aquilo? Toda aquela força, aquelas mãos, quase duas vezes as minhas. Os vizinhos preocupados, o cachorro na soleira da porta, apreensivo. Os suores claros na face, as vozes esbaforidas quase mudas.
O quarto transpirava, lágrimas saiam do confronto de corpos. Os olhos se encaravam sem desvios, nunca fora assim. Tanta energia despendida, poucos sentidos. Hoje de manhã, no banho, meus seios ainda estavam sensíveis. Fôramos tão cumplíces, difícil acreditar.
A vida é assim, quando menos se espera conhecemos alguém, nos indentificamos, amamos. Sendo assim, como acreditar em algo cxomo ontem.
Há muito vivo isso. Toda vez saio da casa dele com novas sensações, novas marcas. Hora o mundo desaba, se já não desabou. O que falta ocorrer? Minhas pernas tremem até agora. Como imaginaria? Depois de tantas noites quebrara meu pulso.
Estou roxa sobre a cidade cinza.
O sol está em festa, os pássaros cantam, mas para mim é tudo cinza, quando não roxo.
Carlos, terças fortes, recorrentes, doloridas. Intermináveis por minha fraqueza, e tesão. Vermelho, depois cinza.